domingo, 9 de maio de 2010

Ele, o poeta

É um peregrino incansável,
Ele rompe fronteiras,
Ele vive sonhos
Ele seduz pela palavra, magia e reflexão
Ele é humanista, ativista, conselheiro
Ele é para os pobres, ricos e miseráveis, não há distinção
Ele come à mesa, ele come ao chão
Ele luta por meio da arte
Ele sangra pela pena em suas mãos
Ele é paz em forma de poesia
Ele afina as cordas da imaginação
Ele canta em versos para multidões
Ele é sensibilidade em forma de expressão

Mas no fundo...

Ele é triste e vive no anonimato
Ele é um palhaço sem circo, um filho bastardo
Um insignificante poeta patético
A talhar na pedra a sua condição
Insustentável pelo seu trabalho
Irreconhecível, maldito, a toa
O poeta não mata a fome com pão
Ele sobrevive de sua criação
É o verbo que o alimenta
E a indignação que o move
Ele, o poeta
É um filho da puta
Que nem mesmo tem uma profissão


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Ele, o poeta de Luciana Tannus é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
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©2007 '' Por Elke di Barros