EXPRESSO POESIA by Luciana Tannus

quarta-feira, 14 de julho de 2010


Tenho me sentido tão só

distante de ti

já não sei o que pensar

Há muito não te vejo

o que não me faltou foi desejo

Me perdi pelos cantos

De tristeza, ausentei-me da vida

e me desabei em prantos

Entre lágrimas e recordações

veja só o que ficou...

somente a dor a me consolar

E pensar que um dia

me confiaste o teu amor

com rimas, versos e poesias...


Num carnaval de promessas,
o que restou foi fantasia
*



No avançar das horas, o espelho é uma realidade que apavora.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Correr ao teu encontro

Sentir o teu abraço

E no peito

Matar esta saudade...

segunda-feira, 12 de julho de 2010


Em uma tarde de chuva, muito frio

Me pego pensando em você

Ai que arrepio!

Não sei se é de frio ou de prazer

terça-feira, 6 de julho de 2010


Canto versos delirantes em noites de Baco

E em peles de leão danço para o meu Dionísio

Se alegrar

Bacantes desfilam diante de teus olhos

Débeis de prazer

Mas é a mim que tu queres despojar

Não há ninfas que satisfaçam todos os teus delírios

E nem Menales que cometam toda luxúria

Mas não é a ti Dionísio que miro

É a Priapus, teu filho

que de fato falo

e me inspiro


quarta-feira, 23 de junho de 2010

Amostra grátis

Aranha estilista

Que fino! Tece fios

Da moda

***

Na penumbra da noite

A chama da vela

Dança sensual


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***

Nos cambitos

Roça o gato

Frio na espinha


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***

Madeira chora

No silêncio

Cupins trabalham

***

Ao amanhecer

Folhas secas

Bebem sedentas

Gotas de orvalho

terça-feira, 1 de junho de 2010

Exílio

Sonhos clandestinos

Esperanças roubadas

Caminho sem volta

O que lhe restou naquele anonimato

A não ser vomitar um “poema sujo”?


*Em alusão à Ferreira Gullar quando do seu exílio em Buenos Aires, obra tida como testemunho final. Poema Sujo é uma obra lindíssima de caráter fragmentário e de uma temporalidade no tocante ao homem e às coisas.

domingo, 9 de maio de 2010

Amor ferido

Despi de meu ego
vesti-me de coragem
enxuguei meu pranto

Vasculhei o presente
à procura do passado
revirei o meu mundo
que nunca fora achado

Sonho, promessa, amor-perfeito
tapete cúmplice de ardentes desejos
vinhos que seguiram cursos
na geografia de nossos corpos

Amor que bateu asas
pousou em coração alheio
mãos que agora percorrem obras
que não as minhas formas

Percorri horizontes no limite de meus pés
encontrei vazio, medo e desespero

Rio de mim mesma

Volto para o presente
bato a porta do passado
e na covardia de minha coragem
deságuo em prantos
disfarço meu ego
e sigo adiante...



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Êxtase

Quando à noite ao meu lado tu deitas

E possuis o meu corpo com a ousadia de teus desejos

A ti me revelo audaz e felina, na busca do gozo perfeito

A minha carne é fresca e tua apetite voraz

O ritmo é frenético, intenso e gostoso

E neste instante sou dona de ti

Amante do meu corpo e hospedeira de teu sexo

Bebo da tua saliva e sorvo lentamente teus beijos

Trôpega de êxtase me alimenta com teu leite

Encaixo-me em teu peito

E enfim,

Adormeço, iludida de amor



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O Ser Poeta

Poeta de fato ou de feto?
Não interessa.
Sou poeta de alma
Sinto e escrevo
O que me vier à cabeça
Detalhes técnicos?
Não me fazem vistas
Métrica e rima?
Nada mais se combina
E aos puristas, com “licença poética”
Essa poesia é de minha autoria



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Transitoriedades

O menino que cresce

Deixa pra traz a infância

Roubam-lhe a inocência

Adulto, descobre o mundo

Ilude-se e desencanta

Ora se perde, ora se acha

Todo tormento se passa

Insatisfeito, da vida se queixa

Agora velho, volta a ser criança

Porém, melhor

Mais sábio


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Brincar de arte

Na moldura de tua face
Quisera eu pintar os teus olhos
De um esmalte azul cor do mar
Com meu pincel conter a tua lágrima
Desenhar a tua boca bem pequena
Que nem de uma criança
Com hálito de anjo e cheia de esperança
Pintar teus cabelos de dourado
E enchê-los de cacho
Depois de pronta a minha arte
Pendurá-la na parede do meu quarto
E sonhar acordada



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A Inerência da Paz

Paz é um estado permanente de espírito
É um contentamento que não cabe dentro de si
É a glória de estar vivo
É felicidade sem fim

É sonho em realidade
Irmão sem dificuldade
Homem sem maldade
Amor de verdade

É silêncio profundo
Caminho de luz
É presente de Deus
Aos filhos teus

É mundo sem guerra
Criança sem arma
Consciência limpa
Coração em paz

Paz é um espírito permanente de estado
Acalentado pelas mãos divinas do criador
Aos homens de boa vontade



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Ele, o poeta

É um peregrino incansável,
Ele rompe fronteiras,
Ele vive sonhos
Ele seduz pela palavra, magia e reflexão
Ele é humanista, ativista, conselheiro
Ele é para os pobres, ricos e miseráveis, não há distinção
Ele come à mesa, ele come ao chão
Ele luta por meio da arte
Ele sangra pela pena em suas mãos
Ele é paz em forma de poesia
Ele afina as cordas da imaginação
Ele canta em versos para multidões
Ele é sensibilidade em forma de expressão

Mas no fundo...

Ele é triste e vive no anonimato
Ele é um palhaço sem circo, um filho bastardo
Um insignificante poeta patético
A talhar na pedra a sua condição
Insustentável pelo seu trabalho
Irreconhecível, maldito, a toa
O poeta não mata a fome com pão
Ele sobrevive de sua criação
É o verbo que o alimenta
E a indignação que o move
Ele, o poeta
É um filho da puta
Que nem mesmo tem uma profissão


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Estação Primeira

É quando chega

A primavera

A brisa beija pele

A flor desabrocha sensual

O verde contamina de esperança corações apaixonados

O sol brilha, a terra é só beleza e magia

Bem-te-vis, infinitas cores

Beijam cada qual suas flores

Época primeira,

Estação onírica

Amores férteis



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Desilusão

Cravei as unhas
E rompi com as fibras
Do meu coração velho e cansado
Já vivi tantas coisas e me deparei
Com outras tantas...
Que a tristeza aliou-se ao pranto
E na trajetória dessa vida mal vivida
Não sei ainda
Se há perspectivas
Sonhos e amores...
O que resta a um poeta
A não ser tecer versos
P’ra aquecer a'lma
E romper com a certidão
Essa falsa carta de alforria?



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Desilusão de Luciana Tannus é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
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Se

Se numa manhã de sol, planejo
Se numa tarde de chuva, escrevo
Em uma noite estrelada, desfecho


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Se de Luciana Tannus é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 3.0 Brasil.
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Rapidinha


Quero de amor
Morrer amando
Num gozo fácil e imediato
Feito criança
Brincar de dormir
Em teu regaço


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©2007 '' Por Elke di Barros